Vamos semear sonhos? – 2.ª parte

Se o Amor-Próprio é a seiva dos nossos sonhos, inevitavelmente, começo este texto questionando-te e questionando-me: como está o teu Amor-Próprio?

No que a ti diz respeito, só tu poderás saber mas, espero que consigas gerar a Coragem necessária para que te respondas com sinceridade.

Quanto a mim, se por aqui me acompanhas há algum tempo, talvez te lembres que já por diversas vezes reconheci que, ao longo da minha vida me movi, maioritariamente, pelo caminho do medo. Portanto, fica óbvio que o Amor que eu nutria por mim era praticamente inexistente.

Afinal, se fazemos as nossas escolhas dentro do caminho do medo, é porque não conseguimos nutrir Amor-Próprio suficiente, para gerar a Coragem necessária para fazermos as nossas escolhas dentro do Caminho do Amor.

Contudo, uma das maiores evidências – até para mim mesma – de que estou a mudar a minha forma de escolher, é a existência deste blogue e o facto de eu estar aqui presente, todas as semanas, a partilhar convosco os passos que vou dando nesta minha jornada.

E, se tal como eu, te encontras numa situação em que sentes que tens de reestabelecer a conexão com o teu Amor-Próprio, então, em nome do quê o perdeste em primeiro lugar? Em nome do quê o deixaste ir?

Sim, porque foste tu quem escolheu deixar ir o teu. Fui eu quem escolheu deixar ir o meu.

Lembras-te que nascemos na vibração do Amor?

Embora seja possível que, à primeira vista, tudo pareça consequência de um acaso fortuito, o certo é que, tudo o que existe no Universo é decorrente de um momento de criação onde nada foi deixado ao acaso. Nós vivemos rodeados por sonhos manifestados e, como seres resultantes dessa Fonte de Abundância de onde tudo emergiu, cada um de nós é também um sonho manifestado.

Cada um de nós é um sonho que brotou dessa vibração do Amor, que se propagou e continua em estado de expansão. É atendendo a este facto que me atrevo a afirmar que nascemos repletos de Amor-Próprio.

No momento do seu nascimento, um bebé não se queixa com falta de amor-próprio, nem se sente menos merecedor daquilo que realmente merece. Antes pelo contrário. Um bebé reúne em si os meios necessários para chamar a atenção dos seus progenitores, de modo a que as necessidades fundamentais para a sua subsistência e bem-estar sejam respondidas. Ele sabe que precisa de ajuda e que merece recebê-la. E sente-se merecedor precisamente porque está no Caminho do Amor.

De algum modo, o bebé sente quando tem uma necessidade que precisa de ser atendida. E é por saber que merece ajuda para a resolver, que ele recorre aos mecanismos que lhe são disponíveis para chamar a atenção dos pais. Normalmente fá-lo através do choro. E caso este seja ignorado com alguma frequência, e se trate de um bebé mais passivo, até pode ser logo nos seus primeiros dias de existência que o primeiro desvio para o caminho do medo é concretizado. Afinal, se o seu choro, que abrange uma necessidade, vai sendo ignorado, o próprio bebé também se sente ignorado. A partir daí, chorar não vale a pena, simplesmente porque ele próprio também não vale a pena. E, ainda bebé, aquele Ser escolheu: um pouquinho menos de Amor-Próprio…

Eu não me lembro de qual foi o momento em que efetuei o meu primeiro desvio do Caminho do Amor para o caminho do medo. Mas, como já partilhei convosco por aqui, aquele que consigo identificar como um dos primeiros momentos, aconteceu ainda em tenra idade.

E embora não consiga recordar qual foi o momento exato em que escolhi, pela primeira vez, suprimir ou reprimir uma experiência que vivi, atualmente, tenho plena consciência de que, nesse instante, escolhi também, em simultâneo e de forma inconsciente, suprimir ou reprimir uma parte de mim. E foi aí que comecei a amar-me… um bocadinho menos…

É inevitável. De cada vez que tentamos camuflar uma parte de nós, também escolhemos amarmo-nos um pouquinho menos.

E mais uma vez importa lembrar que se trata de uma escolha pessoal e intransmissível, que tantas vezes tomamos ao longo da nossa vida.

Portanto, perante a pergunta “Em nome do quê deixei ir o meu Amor-Próprio?”, aquilo que eu respondo é: em nome dos medos. Uma lista bem extensa deles. Uma lista que começou a ser elaborada desde a primeira vez em que escolhi dar o passo que me colocou no caminho do medo.

Só que a Vida é sábia. E na sua sabedoria ela vai-nos devolvendo a imagem das escolhas que fazemos.

E nós sentimos.

Nós sentimos as perdas, as lutas, as angústias e as tristezas. Nós sentimos os esforços vãos. Nós sentimos as frustrações e as estagnações. Nós sentimos as mágoas que se infiltram até à alma… E é em todos esses sentimentos que sentimos que nos desconectámos de algo. Que algures pelo caminho nos perdemos de nós.

E tal como o bebé chora quando sente que precisa de ajuda para resolver uma necessidade que é fulcral para a sua sobrevivência e bem-estar, assim o sentimento de perda e de desconexão te convida a sentires o pulsar da força que tudo une e tudo conecta: o Amor!

Tudo isto é o mesmo que dizer que, na sua sabedoria, a Vida convida-nos a escolher de modo diferente. A escolher o Caminho que brota da Fonte. A escolher o Caminho do Amor.

E, de cada vez que o escolhes, estás a amar-te um pouquinho mais

Pela Coragem de escolher o Caminho do Amor, com leveza.

Susana Martinho

Fonte de inspiração: https://maeguru.wordpress.com/category/nao-deixe-seu-bebe-chorando/

O nosso verdadeiro trabalho é SER. É sonhar! – 2.ª parte

Como te tens sentido a realizar o teu verdadeiro trabalho? Tens vindo a exercer quem és, colocando a essência da tua energia a vibrar no Mundo?

Como tudo isto implica que partas à descoberta de TI, para que te tornes capaz de assumir a tua responsabilidade, de modo a que possas viver a tua liberdade, é realmente um trabalho para a vida e que dá… trabalho.

No entanto, aquilo que recebemos de volta quando o exercemos é de valor incalculável. Ou, pelo menos, é assim que eu o sinto.

Perceber que na possibilidade de Ser, subjaz a possibilidade de Sonhar, é algo que me fascina. Contudo, não foi sempre assim.

Como já partilhei convosco, eu considerava-me uma pessoa sonhadora, até me ter convencido que sonhar era um engano. E foi somente quando comecei a tomar consciência de que a matéria-prima de tudo o que existe no Universo é comum, e que tudo foi criado na intenção e na vibração do Amor, é que voltei a acreditar na possibilidade de sonhar. Portanto, foi todo um processo de aprendizagem e de autoconhecimento. Foi todo um trabalho que tive de desempenhar.

Só que, ao contrário do trabalho tido como tradicional, o que recebo à troca não é um salário. O que estou receber à troca é a oportunidade de (re)aprender a sonhar!

E, mais uma vez, não consigo evitar o sorriso que brota. 🙂

Há algo no meu Ser que vibra com toda esta jornada. Há uma alegria que se expande. Que se alastra. Que se propaga e difunde. Uma alegria que não está dependente de um salário. Que não depende de dinheiro, nem de qualquer bem que ele me possa permitir comprar. Depende apenas do facto de me permitir SER.

E acredito que contigo possa acontecer exatamente o mesmo.

Portanto, é mesmo com o nosso Ser que podemos Sonhar e concretizar. Mas, para podermos exercer o nosso verdadeiro trabalho, usufruindo da nossa liberdade de sonhar, é necessário que o façamos com responsabilidade.

Sonhar com responsabilidade é sonhar de forma consciente. E sonhas de modo consciente quando te conheces. E, para te conheceres, tens de reunir a Coragem necessária para mergulhar em Ti.

Pareceu-te repetitivo? É porque realmente é!

Acaba por ser um ciclo, tal como a própria vida. O Ciclo do Sonho!

E apesar do trabalho que envolve, acredito que o processo de mergulho interior se torna muito mais aprazível quando conseguimos antever nele a possibilidade de concretizar sonhos.

Afinal, e como já foi referido várias vezes por aqui – e porque nunca é demais lembrar – só quando te conheces é que consegues identificar em que caminho te estás a mover.

E à medida que és capaz de identificar o caminho em que te estás a mover, a cada passo que dás pelo caminho da tua Vida, acredito que todo o percurso se possa tornar mais simples. Mais leve.

Tudo adquire uma simplicidade borbulhante quando percebes se estás a vibrar por um medo ou por uma alegria.

Consegues perceber o que te faz sentir medo? E o que te faz sentir alegria?

Conhece os teus medos. Conhece as tuas alegrias. E, a partir daí, aprende a escolher. Escolhe o caminho!

Tudo o que te faz vibrar de alegria está em alinhamento com o teu Ser. Com a tua essência. Logo, se conseguires reconhecer que o teu coração está Feliz, vais tomar consciência de que te estás a mover no Caminho do Amor.

E quando estiveres nesse caminho, continua a trabalhar para te conheceres.

Conhece-te ao ponto de perceber ao que escolhes dar atenção pois, aquilo em que colocas a tua atenção determina a tua vibração. Conhece-te ao ponto de perceber qual é a informação que estás a enviar para a tua energia. Conhece-te ao ponto de sentir qual é o ponto mais alto da tua energia. E exerce-a. Exerce a tua energia no Mundo – o teu verdadeiro trabalho é SER – e, quando sentires que a informação que lhe envias te devolve uma emoção imensa de alegria, semeia.

Semeia nesse caminho os sonhos que levas dentro. Com amorosidade. Com leveza.

Pela Coragem de escolher o Caminho do Amor, com leveza.

Susana Martinho

Como te sentes em relação a sonhar? – 4.ª parte

Permitiste-te sentir o pulsar dessa força que tudo guia e que também vibra dentro de ti? Espero que sim! Vamos experimentar fazê-lo mais uma vez?

Vamos lá! 🙂

Fecha os olhos. Inspira profundamente. Muito devagar, expira todo o ar pela boca; deixa ir tudo o que estiver a mais e permite que todo o teu corpo se entregue a esse movimento. Deixa-o agir como ele quiser. Volta a inspirar profundamente. Coloca a consciência no teu peito… e sente!

É um exercício que dura apenas uma fração de segundos, no amplo conjunto dos segundos que compõem o nosso dia mas, neste caso, pelo bem que sabe, a variável tempo tem pouca relevância. Aquilo que verdadeiramente importa é que, ao te permitires sentir, tomes consciência de que essa força também vibra em ti.

Ela está nos teus órgãos, nas tuas células, nas tuas moléculas, nos teus átomos… no teu Ser!

Ela está em tudo o que conheces e até naquilo que não conheces.

Aliás, está principalmente naquilo que não conhecemos. Afinal, na dimensão do que é o Universo, aquilo que está para além do nosso conhecimento é vastíssimo. E este facto, por si só, é já é um indício da sua abundância.

Em toda a sua génese, natureza e desenvolvimento o Universo é Abundante.

E eu, tu… todos nós, estamos aqui como seres consequentes dessa superabundância. Como resultado de um momento de criação, de uma intenção.

Como refere Deepak Chopra, no livro Os Sete Princípios da Realização Pessoal, “tudo o que acontece no Universo começa com uma intenção”.

No momento atual, no meu nível de consciência, isto significa que só uma intenção repleta de Amor poderia criar algo tão grandioso e sublime.

Pelo Movimento perfeito, feito de vários movimentos, elaborados por tudo o que nos rodeia e por tudo o que somos; onde toda a ação, por muito individual que possa parecer, está incluída numa interação global, onde tudo está conectado ao mais ínfimo pormenor; só o Amor pode ser a Força que tudo guia.

E como, independentemente do ponto de vista estar direcionado para a perspetiva de tentar abranger o Universo no seu todo, ou o comportamento dos átomos e partículas isoladamente, tudo adquire uma dimensão muito abstrata – por um lado, devido à enorme extensão de todos os elementos; por outro lado, devido ao tamanho ínfimo dos mesmos… – eu gosto sempre de tentar ponderar estes conceitos por uma panorâmica que esteja mais de acordo com a nossa escala mental e visual: os fenómenos que facilmente observamos na Natureza!

Já observaste uma árvore? Já reparaste que ela não precisou de sonhar para crescer em todo o seu esplendor? Já reparaste que ela não teve de estabelecer planos e resoluções para cumprir a sua função e ter o seu lugar no Mundo? Já reparaste que essa árvore, para quem a observa, pode ser uma árvore de sonho?

Já te aconteceu olhares para uma árvore e, pela alegria que sentiste no teu coração, ao identificar a beleza que nela conseguiste vislumbrar, considerar que aquela árvore era um sonho?

Pode não ter sido necessariamente uma árvore mas, quase que consigo afirmar que, garantidamente, já te aconteceu algo assim. Com certeza que algum elemento da Natureza – uma flor, uma borboleta, uma ave, um lago, um céu limpidamente estrelado… -, num qualquer momento da tua vida, despertou esse sentimento em ti.

Quanto a mim, são inúmeras as vezes em que me encantei com a mera contemplação das paisagens místicas de Aveiro, com as suas salinas. Ou do oceano, espelhando variações cromáticas do azul, dourado e rosado, que se avistam no céu, durante um pôr-do-sol. São incontáveis as vezes em que me maravilhei com a simples luminosidade de um luar e dei por mim a pensar que estava a ter a oportunidade de vislumbrar uma paisagem de sonho.

Já reparaste também que, tal como a árvore, nenhum dos elementos que compõem estas paisagens teve de sonhar?

Tanto a árvore, como a flor, a borboleta, a lua ou o oceano não precisam de sonhar porque, já SÃO o sonho manifestado.

Já reparaste – mesmo – que tu também és um elemento deste todo? Que a matéria-prima que te forma é a mesma que originou a árvore, a flor, a borboleta, o sol, os astros…? Já reparaste que, também tu, és um sonho manifestado?

Por isso, perante a pergunta que nos acompanha há 4 semanas – Como te sentes em relação a sonhar?-, neste momento, eu espero que te sintas incrivelmente bem. Se é o caso, acende o peito com essa sensação de bem-estar e verbaliza as palavras, com vontade de te ouvir escutá-las: “Eu sinto que sou o Sonho!

Porque o És!

Pela Coragem de escolher o Caminho do Amor, com leveza.

Susana Martinho

Como te sentes em relação a sonhar? – 3.ª parte

Tens notado alguma diferença, na tua tomada de consciência, em relação ao caminho em que te moves?

A escolha entre o caminho do medo e o Caminho do Amor, apesar de presente, desde sempre, nas nossas vidas, creio que é feita, na sua maioria, de modo inconsciente. No entanto, tenho reparado que, embora ainda me mova muito pelo caminho do medo, o meu estado de consciência em relação a esse facto está muito mais desperto.

E contigo? Notas alguma diferença? Consideras que consegues identificar, com maior facilidade, em que caminho efetuas as tuas escolhas?

Espero que sim pois, para além de ser uma evidência de que estás a ficar mais conectado com o teu Ser, é também um sinal de que estás a ficar mais alinhado com a tua possibilidade de sonhar.

Estares desperto para consciência do caminho em que te moves, permite-te ter uma melhor noção da frequência em que estás a vibrar.

Este aspeto também se torna determinante para quem está habituado a encarar a vida como se ter pensamento positivo fosse suficiente para se ser capaz de sonhar e de ficar mais próximo de se ter o sonho concretizado. Não é!

Podes ter um pensamento positivo – “Eu quero viajar!”; “Eu vou conseguir um emprego melhor!”; “Eu vou ganhar mais dinheiro!”; “Eu quero um relacionamento saudável e feliz!”… – e estares a mover-te no caminho do medo. Ou seja, apesar do pensamento que formulas na tua mente, e que pode ser realmente considerado positivo, a emoção que vibra no teu coração, e que se difunde pelos átomos do teu corpo, é o medo.

Por exemplo, podes muito querer viajar mas, sentes medo de não conseguir comunicar noutro país, numa língua que não conheces; podes querer mudar de emprego mas, sentes medo de ficar sujeito à incerteza da adaptabilidade a um novo trabalho; podes querer ganhar mais dinheiro mas, como acreditas que as pessoas que são mais ricas são desonestas, sentes medo de te tornares numa pessoa desonesta caso enriqueças; podes querer um relacionamento saudável e feliz mas, como cada um aceita o amor que acha que merece, poderás sentir medo de não ser merecedor desse amor…

Aquilo que acabei de enumerar são meros exemplos, que não têm de ser aqueles que existem na tua realidade. Contudo, espero que funcionem como um catalisador, para que te seja mais fácil identificar os medos que sentes, por muito que a tua mente te tente convencer que tens um pensamento positivo e que isso é quanto basta.

Chega a ser impressionante a facilidade com que vamos fazendo as nossas escolhas pelo caminho do medo, sem percecionar que nos estamos a conectar com a escassez. Sem perceber que caminhamos pela Vida – que, por si só, é Abundância – com a constante sensação de que nada é suficiente. Onde o nosso foco reside, essencialmente, no facto de não nos sentimos merecedores.

E essa escolha é feita por cada um de nós. Essa escolha é minha. Essa escolha é tua. Mesmo nestas circunstâncias continuas a ser cocriador da tua realidade. Se vibras pelo medo, vais continuar a atrair e a focar-te em situações, eventos e pessoas que justificam e validam os medos que sentes.

Colocado desta forma, creio que fica óbvio que o caminho do medo permite-nos apenas materializar isso mesmo: medos! Ou seja, o caminho do medo não é um caminho que nos permita sonhar…

Por tudo isto, lembra-te de escolher o Amor sobre o medo! E faz essa escolha tantas vezes quantas as necessárias.

Afinal, qualquer sonho que consigamos formular, envolve que nos tornemos mais abundantes, mais prósperos. E há apenas um caminho que nos leva aos nossos sonhos, colocando-nos na direção da sua concretização: aquele que emana da Fonte Criadora. Aquele que vibra, que É: Amor!

Independentemente do consenso de ter ocorrido ou não um Big-Bang, se atualmente somos capazes de conceber que tudo o que conseguimos: ver, sentir, cheirar, ouvir, saborear, tocar; provém de uma mesma matéria-prima (átomos) e que a força que guia todos os astros, galáxias, planetas e estrelas também nos guia a nós, então, podemos confiar que essa Fonte é incrivelmente abundante.

Podemos confiar que essa força vibra na frequência universal que tudo une, que tudo conecta: o Amor.

E tu não és exceção. Tu também és proveniente dessa Fonte! Consegues senti-la a pulsar dentro de Ti? Fecha os olhos, respira profundamente, coloca a consciência no teu peito e sente! E agora… sonha!

Pela Coragem de escolher o Caminho do Amor, com leveza.

Susana Martinho

Objetivos… mas com Flexibilidade – 3.ª parte

Terminei a 1.ª parte deste tema com a pergunta: achas que estás preparado para assumir a responsabilidade da liberdade das tuas escolhas?

E agora deparo-me naquele momento em que gostaria de saber se te foi fácil responder. Terás pensado logo que “sim”, que “não”, “não sei…” ou outra coisa qualquer? O que sentiste quando pensaste na pergunta? E o que sentiste perante as respostas que te surgiram?

O certo é que não existem respostas certas e acredita que gostaria mesmo de saber o que pensas… o que sentes. Afinal, este espaço faz-me muito mais sentido quando existe partilha e ela ocorre, com maior plenitude, quando tu também deixas aqui o teu testemunho.

Pela minha parte, fazendo a pergunta a mim mesma, e tendo presente que é sempre necessário ter em conta o momento atual, a minha resposta é: não sei até que ponto estou inteiramente preparada para assumir a responsabilidade da liberdade das minhas escolhas mas, sei que não estou disposta a prescindir dela.

E o que me leva a hesitar ao ponto de não ter clara certeza da preparação que será eventualmente necessária, é a consciência de saber que não me conheço completamente. Contudo, conheço-me o suficiente para saber que faço questão de tomar a responsabilidade das minhas escolhas para mim, pois isso implica que a liberdade de escolha também foi exercida pela minha pessoa.

E de que forma é que estes conceitos da responsabilidade e da liberdade se relacionam com o tema em questão?

Como partilhei convosco na semana passada, eu própria fiquei surpreendida quando me vi perante eles no primeiro texto desta nova “partitura”. Porém, ao mesmo tempo, constatei que fazia todo o sentido que assim fosse.

Se estamos a falar de objetivos que queremos estabelecer e definir para as nossas vidas, e se a definição desses mesmos objetivos passa por obtermos algo com que queremos impulsionar o nosso Ser e a nossa vida, então, só podemos desejar o melhor para nós quando nos conhecemos ao ponto de saber o que pode ser o melhor para nós.

Por outro lado, e passando a redundância do parágrafo anterior, tudo no Universo começa com uma intenção. Logo, se queres ser específico em relação aos desejos que queres concretizar – nesta coisa dos objetivos a especificidade é fundamental -, e como se pode considerar que ainda estamos dentro do prazo em que se podem elaborar resoluções, talvez a melhor que possas estabelecer, desde 2018 para a vida, seja determinar o objetivo de te conheceres.

Apesar do título do texto o poder sugerir, não me vou focar em eventuais estratégias para conseguirmos definir objetivos e metas. Neste momento, a ideia à qual quero atribuir destaque é somente esta:

Cria Coragem e envereda por aquela que é capaz de ser a jornada mais incrível da tua vida: conhece-te!

Atreve-te a olhar para Ti e a perceber o que faz o teu coração ficar oprimido e o que o faz vibrar, pois essas são as evidências que te mostram em qual dos caminhos estás a fazer as tuas escolhas: medo ou Amor.

Lembra-te que, independentemente do caminho em que te moves, a escolha é tua. E é por isso mesmo que cada um é responsável por aquilo que coloca a circular no Mundo. No seu, em primeiro lugar. No dos outros. No de todos.

Ser livre para escolher é uma reta coincidente com ser o único responsável pela escolha feita.

Dentro da temática deste texto, isto significa que tens liberdade para definir os objetivos que quiseres mas, a sua concretização implica a realização de escolhas e, inevitavelmente, o ato de escolher traz, agregado a si, essa consequência que, talvez, muitos de nós ainda tentem evitar: a responsabilidade.

Não a evites!

Avança por este ano avançando para dentro de ti.

A cada passo que deres, vai-te conhecendo ao ponto de descobrires o que faz o teu coração vibrar. É nessa vibração que te conectas com o Caminho do Amor. Aproveita essa energia e estabelece as tuas intenções, os teus desejos… os teus objetivos.

Faz as tuas escolhas mas, lembra-te que a Vida acontece.

E quando ela acontecer de um modo que contrarie o resultado por ti esperado, pergunta-te, verbalizando as palavras de modo a que te escutes com clareza: “Fizeste o que querias?”

Quando te deparares com o “Sim” a estender-se no interior da tua boca, aproveita cada nano-fragmento desse instante pois, esse é o derradeiro momento do elevado e exímio sabor da liberdade. Aproveita. Usufrui dele sem qualquer pudor de gula.

Abastece-te da presença desse paladar prazeroso e volta a seguir este esquema de passos, tendo sempre presente que a tua liberdade anda de mãos dadas com a tua responsabilidade.

E para que no girar deste círculo possas permitir-te sentir a Vida a fluir, estabelece objetivos, sim… mas com flexibilidade!

Pela Coragem de escolher o Caminho do Amor, com leveza.

Reparaste que o texto, desta vez, saiu à quarta-feira? Pois é! A Vida continua a acontecer e, por aqui, também se persiste em trabalhar a flexibilidade! 😉

Susana Martinho